domingo, 30 de agosto de 2009

Apresentação do grupo Triêro


O grupo Triêro já andou, a bordo de uma Kombi, mais de 100 mil quilômetros pelo Brasil. O resultado dessa andança é uma música que mistura instrumentos e ritmos originalmente brasileiros com as histórias do nosso povo de todas as cores.


O grupo nasceu em 2002 do encontro de Pedro Verano, Diogo Machado, Cezinha e Anthony Brito em Goiânia. Em comum, eles tinham o gosto pela cultura tradicional e pelos instrumentos, uma mistura de flautas de bambu (feitas por eles mesmos), atabaques, alfaias e violas. Em 2006, a experiência de misturar as referências de cada um originou Voz de Todas as Línguas, o primeiro CD do Triêro. As canções desse disco afirmam que todos podemos falar uma mesma língua através da música e apresentam uma grande variedade de ritmos regionais.


O segundo álbum, Ópera de uma Vida Seca (2008) fala sobre os caminhos que o Triêro andou e conta a história de uma família que sai do interior para mudar-se para a cidade. Nessa trajetória, eles descobrem a eletricidade que aparece nos instrumentos e em sons mais contemporâneos.


Em 2009 foi lançado Trem que cansa é andar na linha, o terceiro CD. Aqui, o samba tão conhecido mundo afora faz par com os ritmos tradicionais e mostra um grupo mais maduro. São lindas canções, feitas pra dançar. O show atual do Triêro apresenta um pouco destes três momentos e fica difícil continuar sentado quando a percussão encontra o violão.


A energia do grupo foi reconhecida pelo Ministério da Cultura, que através do Projeto Pixinguinha (uma iniciativa que pretende dar visibilidade à músicos regionais) selecionou o Triêro para uma turnê. Além dos governos de Goiás e Mato Grosso, o SESC também já quis ver o grupo tocando por aí. E o público respondeu. Por onde passa, o Triêro deixa amigos e fãs, os novos pontos de parada dessa viagem pela música brasileira.


Release do show: Trem que cansa é andar na linha

Por meio do Projeto Pixinguinha, o grupo Triêro lançou seu terceiro CD 'Trem que cansa é andar na linha'. O álbum tem 12 faixas que apresentam mais sambas do que os álbuns anteriores, que tinham ligação mais íntima com a catiras, catimbó e maracatu. Um pé aqui e outro no samba, a segunda faixa, talvez explique mais dessa mistura. Outra diferença é a eletricidade que aparece nas referências mais contemporâneas e está nas músicas Embolada Futurística, que abre o cd, e Alta Tensão, a última do setlist.


O CD foi lançado com o primeiro show da turnê Pixinguinha, em Ribeirão Cascalheira (MT), no dia 01 de maio. Paralelamente, a partir desta data, 10 faixas estão disponíveis no MySpace da banda (www.myspace.com/grupotriero).


No show Trem que cansa é andar na linha, o Triêro revive suas história. Além de cinco das músicas novas, a apresentação se completa com outras 10 músicas selecionadas entre os dois primeiros álbuns da banda e dois pout-pourri, um de sambas de côco e outro de pífanos. Por aí, já se percebe que a grande influência do Triêro são a música e o folclore regionais. Elementos explorados tantos nas letras quanto nos instrumentos escolhidos que variam entre flautas de bambu, feitas por eles mesmos, latas, violas, atabaques, alfaias e diversos outros instrumentos que vêm de todas as partes do país. Uma parte dessa criação que mescla referências é zabumbatera, como Cezinha chama sua bateria de tambores.


Os instrumentos e a vivência com as culturas populares foram adquiridas no estilo de vida que se aproxima do mambembe, já que os integrantes praticamente não têm residência fixa e passam a maior parte do tempo viajando entre uma apresentação e outra, na estrada.


Parcerias:

O quinto elemento da banda é Kleuber Garcez, que assina autoria muitas músicas do CD e responde pela concepção visual da banda. E como não poderia deixar de faltar, o percussionista Alemão, do Grupo Coró de Pau e 'mestre' dos meninos, é convidado especial do show.


Data: 31/08/09 – segunda-feira, às 21h


Local: Cine Goiânia Ouro


Ingressos: R$ 5,00 preço único

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